15 de março de 2022

BISCOITOS DE GENGIBRE DE NATAL!


Flutuam nuvens no céu,
voa a águia e o colibri,
o ganso faz escarcéu,
quando a Amanda sorri.
Sorri quando chega o dia
com o carinho do papai,
Amanda é só alegria,
e o sol vai onde ela vai.
Sorri até quando mama,
e é a mamãe quem nos diz,
a alma transborda e derrama,
por esse bebê tão feliz.
É algo que eu nunca vi,
e que eu não sei de onde vem,
quando a Amanda sorri,
o mundo sorri também,
Por ela o sol nasceu,
e invadiu a varanda,
até Deus se comoveu
com o sorriso de Amanda.

Comida é mais que alimento.
 Carrega memória afetivas antigas e cria memórias novas.
Esse singelo biscoito, tão ligado a outras culturas,
 entrou para a minha vida e deixou marcas.
Foi o primeiro alimento feito por mim, que encantou a minha netinha.
Que me desculpem os americanos, 
mas o gingerbread abrasileirou-se e virou biscoito da Amanda.
Coisas da vida!😁
É incrível como uma criança pode trazer tanta luz e alegria para as nossas vidas.
Mas o tema aqui é o biscoito de gengibre.
Eu adoro a história das receitas, e é comum que ela tenham muitas histórias
e polêmicas, até disputas. Algumas histórias dizem que origem do gingerbread vem da era medieval da Europa, onde era tradição a construção de casas de pão de mel. Já outra diz que foi a rainha Elizabeth I quem decidiu servir, em suas festas, homenzinhos de mel e gengibre. Há, ainda, uma terceira versão, segundo a qual, um casal já idoso, que desejava muito ter filhos, resolveu fazer pãezinhos de mel no formato de homenzinhos. Quando a senhora abriu o forno, um dos biscoitos deu um salto e sai do forno correndo. Eu adoro essa história! Mas me parece que o fato mesmo, é que esses biscoitos nasceram na Escandinávia, de uma tradição muito antiga dos conventos da Alemanha, e na década de 30 foram para os Estados Unidos onde ficaram muito populares. Aqui no Brasil, fazem parte das culturas de algumas regiões e, para mim, eles são o biscoito da Amanda. ...muitos risos...
Segue, abaixo, a receita.  Eu usei
essa decoração rústica e desorganizada, 
mas há regiões onde a decoração é muito artistica e delicada.
Vamos para a cozinha? 
Boa noite para você, que gosta de histórias,
boa noite para você que gosta de gingerbread,
boa noite para você que gosta do biscoito da Amanda,
boa noite para você, que gosta de mim!😁😁😁😁😁


Ingredientes:

2 xícaras (chá) de farinha de trigo
1 colher (sopa) de gengibre em pó
1 colher (chá) de canela em pó
¼ de colher (chá) de cravo-da-índia em pó
1/2 colher (chá)) de noz-moscada
¼ de colher (chá) de fermento em pó
¼ de colher (chá) de sal
100 g de manteiga em temperatura ambiente
⅓ de xícara (chá) de açúcar mascavo peneirado
⅓ de xícara (chá) de melado de cana
1 ovo
farinha de trigo para polvilhar a bancada

Modo de fazer: Bata a manteiga com o açúcar  e o melado na batedeira, em velocidade baixa.
Peneire a farinha de trigo, o sal, o gengibre, a canela,a noz moscada, o fermento em pó e o sal, e adicione à mistura de açúcar e manteiga, misturando bem. Junte a gema e a água e mexa até obter uma massa homogênea. Forme uma bola com a massa, envolva em filme plástico e coloque na geladeira por 30 minutos. Estenda a massa numa superfície enfarinhada, até obter uma espessura de  0,5 cm. Corte as bolachas, coloque em assadeira forrada com papel manteiga e asse em forno préaquecido a 180ºC, por cerca de 12 minutos.


 

 

Glacê:

1 clara de ovo
1 ⅓ xícara (chá) de açúcar de confeiteiro peneirado
1 colher (chá) de caldo de limão
1 gota de essência de baunilha



Modo de fazer: Numa tigela média, bata as claras com o batedor de arame apenas até espumar. Adicione o açúcar, o caldo de limão e a essência de baunilha. Misture bem com o batedor de arame para incorporar – no começo parece que o glacê vai empelotar, mas continue mexendo até ficar liso.Bata vigorosamente por cerca de 2 minutos até formar um creme mais consistente que fica brilhante e marcado pelo batedor.

Atenção: quanto mais você bater o glacê mais firme irá ficar, caso passe do ponto basta acrescentar algumas gotinhas de água filtrada para deixá-lo mais fluido.Transfira o glacê para um saco de confeiteiro e corte apenas a pontinha – quanto mais fina for a abertura, mais delicado ficará o desenho. Se preferir, utilize um bico de confeiteiro redondo número 2.

Decore os biscoitos com o glacê e espere secar completamente em temperatura ambiente antes de armazenar ou embalar para presente – isso leva cerca de 50 minutos.




13 de março de 2022

BOEUF BOURGUIGNON



Eu sou aquilo que eu sou,
uma estranha na qual eu aposto,
mas é sempre a mulher que eu não sou,
ela é sempre a mulher que eu mais gosto.


Domingão chuvoso pede o aconchego da mesa posta, da comida mais elaborada, de um bom vinho para espantar a melancolia. Hoje vamor de cozinha francesa. Apesar do nome pomposo, o boeuf bourguignon é um prato simples da cozinha francesa, que nós, com o nosso jeito atrevido, podemos chamar de um ensopadão metido a besta. É um prato com muitas camadas de sabor e, em sua verão original, quando feita sem trapaça, é feito com a panela aberta e com um longo, muito longo cozimento. Como eu não tinha tanto tempo, eu dei uma trapaceada, usei um tempo de panela de pressão para acelerar o preparo,  mas mantive a compostura. 😁.
Bom dia, para você, que está celebrando a alegria de viver ao redor da mesa! Bom dia, para você, que está celebrando a magia, ao redor do fogão. Bom dia, para você que, apesar de tudo e de todos, consegue enxergar a alegria de viver. Bom dia, para você, que eu amo tanto! Você faz parte do meu
 time!




Ingredientes:
Marinada
1 kg de músculo
1 xícara (chá) de vinho tinto
2 folhas de louro
6 ramos de tomilho




Ingredientes
Ensopado
200 g de cogumelos-de-paris frescos
2 cenouras
2 talos de salsão (sem as folhas)
500 g de cebola pérola (cerca de 25 unidades) 
3 dentes de alho
⅓ de xícara (chá) de bacon em cubos (70 g)
1 colher (sopa) de extrato de tomate
2 colheres (sopa) de farinha de trigo
3 xícaras (chá) de água
azeite a gosto
sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto
brotos de hortaliças a gosto para servir

Modo de fazer: Corte o músculo em cubos médios de cerca de 3 cm, coloque o vinho tinto as folhas de louro e os tamos de tomilho e adicione a carne. Misture bem, cubra a tijela com filme plastico e leve à geladeira para marinar, por 2 horas, no mínimo, não sendo recomendado passar de 12 horas.

Descasque e corte a cenoura em meias-luas grossas de 1,5 cm. Lave, seque e corte o salsão em fatias grossas de 1,5 cm, na diagonal. Descasque e pique fino os dentes de alho e reserve. Descasque as cebolas, cortando a ponta e a raiz, e aferventando por 3 minutos. Após esse tempo de fervura, mergulhe as cebolas em água com cubos de gelo. O choque térmico ajuda a soltar as cascas. Prepare também os cogumelos. Muito embora eles fiquem mais saborosos sem lavar, eu os lavo em água com um colher de vinagre, escorro logo e os coloque sobre papel toalha. Depois os corto em quatro, se forem grandes e ao meio, se forem pequenos. Reserve tudo para os próximos passos.

Carne após a fritura.

 
Vamos voltar à carne: Escorra bem a carne, reserve o suco e as ervas da marinada .
Tempere a carne com 1 ½ colher (chá) de sal e pimenta a gosto, salpique com a farinha e misture com as mãos para envolver todos os cubos. Essa técnica se chama singer, e sua função é engrossar o molho durante o cozimento. 
Leve uma panela com capacidade de pelo menos 4litros ao fogo médio, regue com algumas colheres de azeite e dourte os cubos de carne, aos pouco, sem sobrepor os pedaços, para que dourem sem liberar o líquido da carne.Trasnfira a carne dourada para uma travessa e reserve.



Com a panela ainda no fogo, adicione o bacon, mexendo sempre, até dourar. Acrescente o alho, o extrato de tomate e mexa por 1 minuto. Junte agora o suco da marinada, reservado lá no primeiro passo, e adicione a água para dissolver os resíduos da fritura da carne.
Junte a cenoura e o salsão picados, volte a carne para a panela e misture. Acerte o sal e a pimenta. Quando ferver, abaixe o fogo, tampe parcialmente a panela e deixe cozinhar por mais 1 hora e 15 minutos, mexendo de vez em quando.
Esse é o jeito raiz de preparar o prato, mas como eu não tinha todo esse tempo, eu deu uma fraudada e cozinhei 30 minutos na panela de pressão. Após esse tempo eu abri a panela, adicionei as cebolas e as deixei cozinhar por mais 15 minutos. 
Após esse tempo descascadas inteiras ao ensopado e deixe cozinhar por mais 15 minutos até que a cebola, os legumes e a carne estejam macios.
Adicione, então, os cogumelos e deixe cozinhar por mais cerca de 5 minutos, ou até que o prato esteja encorparo e os cogumelos cozidos.
Desligue o fogo, acerte o sal e pimenta, a gosto, e sirva com brotos de hortaliças ou
com salsinha picada.
Nota pessoal: Muito embora não faça parte do prato original, eu sirvo com batatas fritas bem fina e crocantes e cortadas em xadrez.


Reflexão sobre as cebolas: A receita original pede aquelas cebola-pérola, usado em picles, que não são tão fáceis de encontrar. Eu usei cebolas pequenas, aferventei para descascar, mas eu as cortei ao meio, quando adicionei ao ensopado. Ficou maravilhoso. 
Ainda com relação à cebola, é possível também usar as cebolas douradas a parte, cortando ao meio, dourando a face cortada por 3 minutos em azeite, e o outro lado por um minuto.




8 de março de 2022

PÃO DE CENOURA COM CHOCOLATE






Brincando com raios de sol, como se  eu fosse menina,
eu faço café na cozinha e a luz do sol me fascina...
Eu penso, por um momento, mas não tenho muita fé.
Se eu pusesse a luz do sol,  na caneca de café,
eu ficaria dourada, eu seria mais feliz?
Eu não sei! 
O sol não responde e a ciência nada diz.
Mas eu  tenho as minhas certezas,
porque eu cultivo as belezas,
das coisas que ninguém vê:
se eu estou iluminada,
(eu posso estar enganada),
mas eu ilumino você.

Eeebaaaa!!! Eu adoro essa deliciosa aventura de explorar sabores e texturas, essa magia de misturar os mesmo ingredientes e obter resultados tão diversos. Na cozinha, a ordem dos fatores altera o produto.
A receita é do Chef Willian Pereira, de quem eu sou fã pela criatividade e jeitão competente e descontraído de ensinar a fazer pão. Eu adorei a receita! Não é um pão doce! É um pão levemente adocicado, com aquele sabor de infância do clássico bolo de cenoura.
Eu descrevi o processo, conforme a minha experiência.
Fofinho e lindo, ele é muito sedutor!
Vamos experimentar juntos?
Pegue o teu avental e vamos para a cozinha, porque é lá que a magia acontece.
Bom dia, para você que gosta desafiar o seu paladar!
Bom dia, para você, que gosta de pão!
Bom dia, para você, que gosta de tudo!
Bom dia, para você, que não gosta de nada! Quem sabe um dia!
Bom dia, para você que gosta de mim! ...muitos risos...

O crescimento não foi perfeito, porque eu não calculei o tempo e assei de madrugada. Ainda assim, ficou muito bom! Ah! Eu dividi a receita e fiz dois pães!


Ingredientes:
Pão:
400g de trigo
50ml de água
70g de açúcar
1 ovo
200g de cenoura crua
100g de levain
10g de fermento biológico fresco
5g de sal
70g de manteiga
20g de óleo

Recheio:
100g de chocolate
50g de manteiga
60g de açúcar
35g de cacau 100%

Modo de fazer: 

Lave bem, pique as cenouras e bata em um liquidificador ou processador, com um ovo e 50 ml de água, até ficar bem liquefeito. O liquidificador liquefaz melhor. Junte o açúcar e a manteiga e bata novamente. É normal obter uma aparência um pouco talhada. Adicione o óleo e bata.

Junte a farinha com o sal, misture bem, abra um buraco no centro e adicione a mistura de cenoura e o levain. Bata na planetária por 10 minutos, até começar a soltar do gancho. Faça uma bola com a massa, cubra e deixe crescer em ambiente sem vento. Eu sempre uso o forno elétrico ou micoondas DESLIGADO, CLARO! Como há duplo fermento, deixe crescer a vontade. Eu não meço pelo tempo, mas sim pela evolução da massa, que deve dobrar ou até até triplicar.

Recheio

Prepare o recheio, colocando o chocolate, a manteiga e o açúcar em banho-maria, até dissolver bem. Acrescente 35 g de cacau 100% e bata com um batedor aramado, até obter uma pasta bem encorpada. Reserve e deixe esfriar.

Montagem: 
Retire um pouco do ar da massa, e estique a massa com as mãos, dando uma forma retangular. Espalhe o recheio sobre a massa, alise o melhor que puder e enrole como um rocambole e sele bem as pontas e as emendas. Corte pela metade, trance grosseiramente, coloque na forma do bolo inglês untada com manteiga e enfarinhada.



Deixe crescer por cerca de uma hora, e asse em forno preaquecido a 180º C, por cerca de 40 minutos. Retire do forno, desenforme e deixe esfriar em uma grelha.




7 de março de 2022

CUCA DE BANANA



Felicidade é fugaz,
não pode ser agarrada,
é tudo o que a gente faz,
e muitas vezes  é nada.
É como o perfume da flor,
a brisa que move a cortina,
começa com luz e cor,
explode, e logo termina
Felicidade é gostosa,
tem o azedo de limão,
tem o perfume da rosa,
tem o gostinho do pão.
Com esse cheiro gostoso,
que atravessa a cidade,
eu digo, cheia de gozo,
bom dia, felicidade!!!


Depois de um período sabático, me aventurando com o pão e o fermento natural, eu estou retornando a minha divertida missão de exporar os sabores e as histórias das comidas, sem nenhuma fronteira ou preconceito. Hoje eu experimentei uma receita da minha "ídala", a maravilhosa Rita Lobo.
As cucas são ícones do sul do Brasil, e hoje eu experimentei e amei, de paixão, a cuca de banana.
Acompanhada de um maravilhoso chá de capim santo, colhido no jardim.
comer uma fatia de cuca, ao som da uma chuva de verão, tem gosto de felicidade.
Bom dia, felicidade, que eu vi nos olhos de alguém, 
é uma onda que me invade e eu nem sei de onde vem.
Bom dia, felicidade, tão rara, tão demandada, e pode ser encontrada nas coisas mais simples,
como uma fatia de cuca e um sorriso teu.
Vamos para a cozinha, porque é lá que a magia acontece!

Ingredientes: 

Farofa


6 bananas nanica maduras
3/4 de xícara (chá) de açúcar
3/4 de xícara (chá) de farinha de trigo
50 g de manteiga gelada
1 colher (chá) de canela em pó








Massa:


2 xícara de farinha de trigo
1 1/2 xícara (chá) de açúcar
3 ovos
3 colheres (sopa) de manteiga em temperatura ambiente
3/4 de xícara (chá) de leite
1 colher (sopa) de fermento em pó
1 assadeira untada e enfarinhada de 32 x 22 cm

Modo de fazer: Comece preparando a farofa. Misture em uma tigela, a farinha, o açúcar e a canela. Corte a manteiga gelada em cubinhos, e misture tudo, com a ponta dos dedos, até obter uma farofa homogênea. Use-se a ponta dos dedos para não aquecer e derreter a manteiga da farofa. Reserve e comece a massa.

Bata a manteiga, em ponto de pomada, com o açúcar por 2 minutos, até obter uma farofa úmida. Adicione um ovo de cada vez, batendo a cada adição. Bata mais 2 minutos, até obter um creme bem aerado e esbranquiçado. Diminua a velocidade da batedeira, e adicione a farinha em três etapas, alternando com o leite. Ou seja, divida a farinha em três partes, e adicione uma parte cada vez, aternando com o leite, batendo a cada adição. Desligue a batedeira, e adicione o fermento royal, mexendo delicamente, até incorporar totalmente. Transfira a massa para a assadeira e nivele bem.
corte as bananas em rodelas de 1 cm, e distribua sobre a massa, sem sobrepor. Pegue pequenas porções  de farofa nas mãos e amasse levamente, formando pequenos discos, e disponha sobre as banana, Polvilhe o restante da farofa cubrindo tudo. A alternancia da cobertura em pó e dos discos mais compactos aumenta a sensação de crocância.
Leve ao forno preaquecido a 180 graus C, por 40 minutos. Retire a cuca do forno e deixe esfriar completamente. Quando fria, ela fica mais crocante! Que delícia!