UVAS, VINHOS E HARMONIZAÇÃO


UVAS E VINHOS E HARMONIZAÇÕES

(em construção)
A minha paixão pelas uvas, vem do berço, da família italiana que produz uvas,  desde que o mundo é mundo. No Brasil, a nossa produção foi sempre de uvas de mesa:  a Niágara branca e rosa. Mas  a família sempre produziu vinhos, com as uvas importadas o Rio Grande do Sul, misturadas com as uvas da nossa produção. Curiosa como toda menininha, eu ouvia o meu pai falar em variedades de uvas para vinho, como  Barbera, Corvina, Sangiovese, Nebbiolo. Os nome das uvas  despertavam em mim, uma estranha curiosidade, traziam à tona,  uma memória ancestral e abriam , para mim, um universo paralelo. Com o passar do tempo, o meu encontro com os vinhos, despertou o dragão adormecido da minha infância. E então eu  sai, pela rede,  em busca de notícias sobre as minhas heroínas da infância: as uvas e os seus vinhos. Embora seja uma espécie com mais de nove mil variedades catalogadas, eu vou me ater às mais notáveis e conhecidas. Usarei as fontes disponíveis para falar um pouco das maravilhosas uvas, seus vinhos e as suas harmonizações com os alimentos

CARMENÈRE – Originária da região de Bordeaux, na França, é uma uva tinta de alta qualidade, que produz vinhos com muita estrutura e sabor marcante, que permite envelhecimento, quando bem elaborados. Devido à sua potência,acidez e aos taninos agressivos, ele estará desequilibrado, ainda, antes de 3 ou 4 anos de guarda. A uva Carménère adaptou-se perfeitamente ao Chile, onde encontra a sua plena expressão, mas também é produzida na Califórnia e na Argentina. Os vinhos são geralmente  varietais,  mas podem ser combinados com Cabernet Sauvignon ou Shiraz. Alguns tops chilenos usam Carménère no seu corte.
Harmonização:  O vinho Carmenère  é saboroso e encorpado, com um delicado amargor secundário e cor rubi violáceo acentuada. Acompanha bem, carnes vermelhas, assados e um fondue bourgignone (de carne). Não deve acompanhar pratos com molho de tomate ou pratos leves e saladas.



CABERNET FRANC – Proveniente da Região de Bordeaux, França, tal como a Carmenère, é uma  variedade de cultivo mais antigo e se espalhou pelo mundo.  Embora não produza vinhos de guarda, pode produzir vinhos de bons níveis de qualidade, robustos e aromáticos, embora mais tânicos e um pouco ácidos, com bom corpo e cor rubi intensa. É uma uva utilizada no clássico corte bordalês, junto com a Cabernet sauvignon, a Merlot e a petit verdot, no qual ela é responsável pela estrutura dos grandes vinhos “grand cru” de Bordeaux.
Harmonização:  Os vinhos da Cabernet franc acompanham bem as carnes leves, aves defumadas e sopas, refeições rápidas, sanduíches. É um vinho valente que resiste bem a um acampamento.





CABERNET SAUVIGNON:  A casta Cabernet  Sauvignon é considerada a rainha das uvas, pelo alto equilíbrio e robustez dos vinhos que produz, ao longo de mais de 200 anos, em todas as partes do mundo, tais como a Califórnia, Chile e Austrália. Originada na região de Bordeaux, França, é uma uva híbrida, resultado do cruzamento bem sucedido da Cabernet  Franc com a Sauvignon Blanc. Quase extinta no século XVIII, com a praga filoxera, hoje ela é utilizada tanto na elaboração de  bons vinhos varietais, robustos, aromáticos e com acidez equilibrada e bons taninos., quanto na composição de vinhos Bordeaux genéricos, quanto nos famosos “chateaux” específicos. É um vinho de guarda, que requer pelo menos 4 anos para afinar os taninos e  ganhar corpo. Seus aromas tem nuances de cassis, ameixas prestas, tabaco, cacau, baunilha, e sua cor vermelho escuro, vai clareando ligeiramente com o passar dos anos, assumindo tons alaranjados.
Harmonização: acompanha bem goulash, strogonoff, souflés de queijo e batatas,  escondidinho de carne seca. Pode-se  casar com leves toques de pimenta do reino ou pimentões levemente ardidos, mas nunca se usa pimentas fortes com nenhum vinho.



GAMAY – Originária da região de Beaujolais, sul da Borgonha e norte das Côtes Du Rhône, a GAMAY é uma das principais uvas tintas da França.  E essa uva notável, a responsável pelo famoso vinho Beaujolais, um vinho leve, brilhante suave e saboroso. Na região de Mâcon, é utilizada na produção dos Mâcon tintos, combinada com a Pinot Noir. Hoje, a Gamay está  espalhada pelo mundo, com bons varietais na Califôrnia, Brasil, África do  Sul e Austrália.
O vinho Beaujolais é um vinho leve, saboroso, com uma coloração rubi brilhante e viva. Tem aromas agradáveis de frutas frescas, pera e maçã. Na boca, tem um corpo  leve e acidez equilibrada, com sabor de ameixas frescas. Esse ícone da França,  é um vinho delicioso para almoço. O Beaujolais Village é um vinho com características mais acentuadas e equilibradas. O Beaujolais Nouveaux é uma vinho de festa,   para diversão,  podendo  ser comparado ao vinho verde português.

Harmonização:  O Beaujolais e o Beaujolais Village são vinhos leves que acompanham carnes brancas, salsichas, salada de batatas, salame e presunto cru ou cozido. É uma bela opção para fondues de queijo, mas não devem acompanhar pratos com molhos de tomate e carnes vermelhas, que sacrificam esse vinho tão delicado e sutil.



MALBEC – Muito semelhante à Merlot, a  uva Malbec é mais uma uva tinta originária da região de Bordeaux, na França,  com sua  cor rubi violácea, sabor maduro de frutas secas e especiaria, com um leve sabor adocicado, devido, principalmente aos taninos redondos e elevado teor alcoólico que ele alcança.  Pode produzir vinhos de guarda, e apresenta vinhos ainda desequilibrados antes dos três anos. Está espalhada pelo mundo, mas se destaca, principalmente, na Califórnia e na Argentina. Ela é utilizada com corte na produção de vinhos Bordeaux, junto com a Cabernet Sauvignon e a Cabernet Franc.  Hoje a sua terra é Mendoza, na Argentina. O vinho Malbec varietal, apresenta uma bela cor vermelho púrpura intensa, aroma frutado, saboroso  e macio. Os mais envelhecidos, quando bem produzidos, apresentarão grande harmonia, bom corpo e longo fim de boca, com um leve amargor.

Harmonização:  Com taninos e antocianos fortes, mas não agressivos, harmoniza-se com carnes vermelhas, churrascos, feijoadas e queijos fortes. Não deve ser consumido com defumados, gorgonzola , massas de tomates e saladas.


GEWÜRZTRAMINER -  Esta uva branca, originária da Alsácia, já na fronteira com a Alemanha, produz um vinho branco, frutado, muito aromático, com um complexo sabor. Está presente na Califórnia, África do Sul e Austrália, mas os produtores da Alsácia continuam imbatíveis. De cor palha dourado, muito límpido, é um vinho muito aromático, com especiarias no aroma e no paladar, assim como as frutas secas, damascos, tâmaras e figos. Com baixa acidez e bom açúcar, tem uma longa permanência e um sabor inesquecível.

Harmonização:  Acompanha, naturalmente,  a comida alemã e da Alsácia.  Harmoniza-se, perfeitamente,  com o Kassler com repolho roxo maturado, batatas cozidas amanteigadas e purê de maçã, assim como  os queijos brie e camanbert, com geleias de pimenta e torradas

MERLOT – Cultivada em todo o mundo e produzindo excelentes varietais, a uva Merlot, é considerada  uma das melhores uvas do mundo e tem a sua origem em Bordeaux, na França, onde entra na composição dos grandes Bordeaux, habilmente combinada com a Cabernet Sauvignon, a Cabernet Franc ou Verdot.  Embora  haja bons vinhos Merlot  chilenos, californianos ou neo-zelandeses, nada se compara aos divinos produzidos  na região de Saint-Emilion, em Bordeaux, como o Chateaux Cheval Blanc e o Chateaux Petrus. Na Itália a Merlot tem feito boas combinações com a Sangiovese. O bons Merlot tem características semelhantes ao Malbec, com sua cor rubi-violácea forte, densa. Os vinhos maduros tem mostras de frutas maduras, tabaco, notas de baunilha, com um final longo  e persistente na boca. Os Merlots  “divinos” são uma experiência à parte.

Harmonização:  Com o seu corpo pleno e taninos equilibrados e robustos, os vinhos Merlot sempre farão boa companhia para carnes, caças e  aves mais consistentes, não se incluindo os frangos. Harmoniza-se bem com pratos de carnes de porco, entre as quais pernil, lombinho grelhado com batatas ou com mandioca e também com os queijos amarelos.



MOSCATEL (Moscato) – Original da Alemanha  e da Itália, essa uva branca, de elevado teor de açúcar, e a mãe de muitos vinhos, tais como o Mosel, na Alemanha e do espumante Asti italiano, produzido no Piemonte, onde o seu mais famoso representante é o Moscato d’Asti.. Embora não chegue a produzir grandes vinhos, é muito apreciada como uva de mesa. Produz vinhos adocicados e frutados, de cor palha claro, onde a acidez mistura-se ao elevado teor de açúcar.
Harmonização:  Devido à pouca complexidade, acompanha bem queijos, saladas, entradas, canapés e festas, especialmente os espumantes.







NEBBIOLO -  Mãe dos Barolos e dos Barbarescos, essa excelente uva tinta, orginal do Piemonte, na Itália, é uma uva nobre e não é combinada com outras para a elaboração dos grandes vinhos. Os grandes vinhos Barolo e Barbaresco são produzidos, exclusivamente, com as uvas Nebbiolo, embora alguns produtores ofereçam, hoje em dia, alguns varietais oriundos de vinhedos não certificados. Como ocorre com outras cepas europeias, a Nebbiolo tem permanecido fiel às origens, e não se tem notícias dela em outras partes do mundo.

Harmonização:  Não se desperdiça um grande vinho encorpado e maduro como os Barolos e Barbarescos com massas simples e molhos de tomate.  Esses grandes vinhos acompanham, com elegância, carnes de coelho, javali e vitela com molhos expressivos, como molhos rôtie e funghi,  ou uma boa picanha com cebolas assadas e um souflê de batatas e queijos, numa longa noite em boa companhia.


NEGROAMARO :

A uva Negroamaro é mais uma uva italiana, e a sua introdução no sul da Puglia é atribuída, por fontes históricas, aos gregos, no século 8 AC.
 A origem do termo "Negramaro" ainda é controversa, e existem algumas vertentes.  A primeira é que o nome deriva do dialeto local e, precisamente, de "Niuru Maru", que significa "negro amargo"; este nome contém em si mesmo uma descrição do vinho obtido que, de fato, é escuro e levemente amargo.
 Outra vertente deriva de uma origem clássica dos termos "niger" e "mavros" que,  respectivamente, significam "negro" em latim e em grego.
O Negroamaro é uma videira caracterizada por cachos de tamanho médio, com frutos de intensa cor preto-violeta e cobertos de abundante pruína.
 Sua polpa é doce e suculenta e, em geral, o amadurecimento é tardio:
 a colheita, de fato, ocorre entre a segunda e a terceira semana de setembro, e o vinho é colocado no mercado após um curto período de envelhecimento, entre 6 e 12 meses.
A característica dessa uva, de dar ao vinho um sabor ligeiramente amargo e seco, mas ao mesmo tempo frutado, aveludade e harmonioso, faz com que ela seja utilizada nos cortes de vinhos tintos, como Brindisi Rosso, Squinzano Rosso, Leverano e Salice Salentino Rosso, mas é usado, também, para vinhos rosados,
 com corte de Malvasia.

CARACTERÍSTICA DO VINHO: Negroamaro tem uma cor granada 
vermelho-rubi intensa, com reflexos quase negros. Seu aroma é intenso
 e frutado, que claramente chama de pequenos frutos pretos, 
às vezes com leves notas de tabaco. O sabor é ligeiramente amargo mas cheio, seco e redondo. O teor alcoólico é de cerca de 13 graus, 
com uma acidez entre 5 e 7 por mil.

HARMONIZAÇÕES: O Negroamaro se expressa melhor, quando servido em taças de vinho tinto, em temperatura entre 15 e 16º C
É um vinho versátil, excelente para todas as refeições. Acompanha bem os pratos típicos da tradição sanlentina, como almôndegas com molho, carne grelhada, especialmente de cordeiro, massas, sopa de grão de bico.



NERO D’ÁVOLA -  Com origem na Sicília, essa superior uva tinta é responsável por ótimos varietais, combinada com a Perricone e Nerello, como nos famosos Corvo(Duca di Salaparuta ) e Regaleali (Conte di Almerita). Com sabor maduro, os vinhos tem coloração vermelho escuro, expressivo tanino e acidez equilibrada, permitindo um elegante envelhecimento. O solo vulcânico dá uma certa mineralidade. O calor diurno e o frio noturno, com ampla variação termina, aliada a um regime de poucas chuvas, resultam em vinhos encorpados, aromáticos e acidez equilibrada.  Variam de vermelhos escuros ao vermelho vivo, dependendo dos métodos de produção.

Harmonização:  Harmonizam-se com molho de atum e tomates, queijos amarelos, caça , chester defumado, e saladas com maionese em
azeitonas.Os mais encorpados, que passaram por barrica, harmonizam-se com molhos funghi, pato e codornas assados ao forno.


PERIQUITA – Uva tinta portuguesa da região de Setubal, a uva Periquita tem o nome original de Castelão Francês ou Castelão Franco, como é chamada atualmente. A Periquita dá bons vinhos varietais.  Os vinhos Periquita podem ter, também, as Tintas amarela e  a Aragonês.  São vinhos  simples, saborosos.  Jovens e de médio corpo, tem cor rubi vivo, com aromas de frutas vermelhas e toques de canela e baunilha. Na boca, é leve e agradável, alinhados com os aromas.

Harmonização:   As suas características de vinho leve, harmoniza-se, perfeitamente, com aves e assados de carne suína, como o pernil e o lombinho.  Acompanha muito bem tortas salgadas de queijo, franco com catupiry, bacalhau ou palmito.  É também um excelente par, para o nosso escondidinho de carne seca com mandioca.


PETITE SIRAH – Uva típica da California,  com possível origem no leste da França, como variedade da cepa Syrah ou da Duriff. Os americanos consideram a Petite Sirah, juntamente com a Zinfandel, suas uvas nacionais. Com elevado teor alcoólico, cerca de 13%,  o vinho Petit Sirah e agradável , apresenta  intenso sabor de frutas vermelhas,  um bom corpo, com um leve amargor no final de boca.  Os amadurecidos, perdem esse amargo e ganham complexidade. Quando passam pelo carvalho, ele  adquire os aromas e sabores típicos do tabaco, cacau, canela e baunilha.  
Harmonização:  É um excelente companheiro para as carnes vermelhas, como um bom steak com batatas assadas, ervilha e molho gravy.  Costelas de porco e outros prato um pouco gordurosos  equilibram-se com a acidez e os taninos da Petite Sirah.






PINOT GRIS _  Uvas brancas, de origem francesa, produz vinhos leves, saborosos, mas sem muita expressão.  São  vinhos  corretos, de cor palha clara, aroma frutado, sabor leve e agradável,  com bom corpo, com acidez equilibrada e pouco álcool.  Em combinação com  a Pinot noir e a Chardonnay, é utilizada na produção das champagnes.  Devido a sua pouca expressão e dificuldades de adaptação, tem-se mantido em sua origens, na França e Itália.

Harmonização – Um vinho leve que acompanha bem saladas, pratos leves, queijo de cabra e bruchetta.





PINOT NOIR – Originária da Borgonha, na França, esta grande uva é responsável, sozinha, por alguns dos melhores vinhos do mundo. Embora tenha migrado par muitos países, nada se compara ao seu desempenho na região de origem. Quando levemente macerada, pode produzir um excelente vinho branco; quando combinada com a pinot meunier e chardonnay, formam as castas originais do champagne. Mãe dos vinhos míticos e místicos, os Romanée Saint Vivant e Romanée Conti são experiências indescritíveis. Outros, mais acessíveis e menos espetaculares, são deliciosos vinhos de coloração rubi, com clareza translúcida, mas com sabor e aromas marcantes, puxando a cerejas, ameixas frescas, com notas de cassis e myrthilles. Na boca, surpreende o contraste da cor vermelho brilhante, com os intensos sabores e taninos firme, mas de corpo médio.  São vinhos que podem ser consumidos a partir de 2 anos, ou para a guarda de até 30 anos, dependendo do método de elaboração e do vinhedo de origem.

Harmonização:  Devido ao seu corpo médio, a sua acidez equilibrada e taninos redondos, acompanha, ou pode ser acompanhado e carnes vermelhas bem preparadas, queijos, fondue de queijo e bouguignone, aves, caça, vitela e porco, até mesmo javali. Aceita bem uma carne seca com queijo de qualho.


PROSECCO –  Originária de região do Vêneto, ao norte da Itália, essa uva branca italiana produz um vinho alegre, frutado, saboroso e consistente, nitidamente cítrico, com aroma e sabor que lembram pitanga, abacaxi, carambola. Essa uva espalhou-se pelo mundo e pode-se ter Prosecco de qualquer procedência, inclusive no Brasil, mas os melhores são, ainda, os da origem, como os Prosecco di Valdobiadenne e Conegliano  DOC e DOCG do Vêneto.Os italianos passam a chamar de "Glera" a cepa (uva) Prosecco e reservam o termo "Prosecco" para o nome de uma vasta região produtora demarcada.

Harmonização: É uma excelente combinação com saladas especiais, almoços leves ou um drink no fim de tarde.  É uma boa pedida para festas e celebrações e um bom começo para um jantar. É, também, um bom acompanhamento para canapés, mousses e salmão fresco ou defumado e ainda é um bom parceiro para a comidas japonesas, como o sushi, o sashimi e outras.

RIESLING  Original do vale do Reno, na Alemanha e na Alsácia, na França, é uma das mais expressivas uvas brancas, que produz notáveis vinhos frutados, brilhantes e alegres, de cor palha, bem secos, aromáticos e ricos em sabores. A variedade renana, como é conhecida, produz vinhos com aromas intensos de frutas como o abacaxi, pêssego, maracujá e limão cravo, especiarias e ervas, que aparecem também no paladar, com uma  bela acidez equilibrada com álcool. Os açúcares residuais escondem-se na acidez, dando um vinho de muito sabor e bom corpo. A variedade Riesling itálica, muito usada no centro e norte da Itália, não tem a mesma expressão da variedade do Reno. Embora disseminada em todo o mundo, as regiões de origem continuam a ser as mais expressivas. Um bom Riesling é memorável.

Harmonização: Devido a suas características e seguindo a regra geográfica, segundo a qual cada vinho acompanha bem a culinária de origem, o Riesling é um bom acompanhante para salsichas, batatas souté, carré de porco, kassler, chucrutes, maionese de batatas e arenque. Pode acompanhar também, os peixes, como o salmão fresco ou defumado, as saladas, queijos a marelos, frios, cogumelos e aspargos. Pode, ainda, acompanhar, heroicamente, a sobremesa, com apfestrudel.



SANGIOVESE – Uma das mais famosas uvas tintas italianas, é cultivada na região central da Itália, principalmente na Toscana, Úmbria e Lazio. Junto com a Canaiolo e a Malvasia Nera, e a principal casta do vinho  Chianti. A  uva Brunello é uma variendade especial e muito controlada da Sangiovese e é chamada de Sangiovese Grosso. Embora seja não seja uma uva de difícil cultivo, ela permanece, essencialmente na região central da Itália. De cor rubi brilhante, com elevada e agradável acidez, corpo médio e baixa adstringência,  o Sangiovese varietal é um vinho de consumo rápido, entre 2 a 3 anos e acompanha refeições leves e sanduíches.

Harmonização: Leve, saboroso e ligeiro, é um dos melhores vinhos para almoço, e aceita bem a companhia de maionese de frango, atum ou salmão, sanduiches de queijo e presunto cru, mussarela de búfala e tomates secos.  É um acompanhamento clássico, para macarrão a bolonhesa.


SAUVIGNON BLANC – Essa casta superior de uva branca, originária das regiões de Bordeaux e Loire, na França, produz excelentes vinhos brancos e secos, em geral com coloração palha claro, podendo adquirir reflexos  dourados, a partir dos 5 anos de maturação. Com um divino e aroma complexo, com predomínio de frutas tropicais e um leve toque floral de jasmim, ele confirma, no aroma os correspondentes sabores de frutas frescas. Em geral é um vinho ligeiro, mas marcante, de pouca permanência, mas elegante, macio e agradável. O Vale do Loire produz vinhos espetaculares, que podem ser guardados por 5 a 10 anos,  mas a uva espalhou-se pelo mundo e produz bons vinhos fora da região de origem, como na América do Norte e do Sul, na Austrália, Nova Zelândia e África do Sul.


Harmonização:  É um vinho versátil, que fica bem tanto na neve como na praia, no verão. Mas ele realmente fica encantador em um dia ensolarado, servido em temperatura entre 8 e 10 ºC, acompanhando alimentos leves, saladas verdes com peixes, salpicão, carnes brancas de aves, aspargos. Carambolas, peras, aspargos frescos acompanhados de leves torradas de pão branco ficam maravilhosos com o Sauvignon Blanc


SYRAH ou SHIRAZ – De origem no Cáucaso, região da antiga Pérsia, talvez seja a mais antiga uva vinífera  do mundo. Vinho de um vermelho intenso e com brilho, apresenta bons taninos, aromas de ameixa, nectarina e um leve toque de amora e cravo. Com paladar marcante de ameixas frescas e cerejas, de boa permanência na boca, macio e com pouca acidez, a uva se mostra como uma excelente uva tinta. Em alguns casos, apresenta  alta de acidez e potentes taninos, difíceis de controlar, sendo  combinada  com a Cabernet. O nome é oriundo da cidade de Shiraz, no Irã, onde era muito cultivada, na antiguidade. A Shiraz é, atualmente, a uva nacional da Austrália, mas tem , também, raízes  no sul da Borgonha e na Provence, onde  participa, como casta principal dos Côtes-du-Rhône, do famoso Chateauneuf-du-Pape e dos Côtes-de-Provence.  Fora da França, pode produzir bons vinhos varietais,  que pode até chegar ser ótimos.  Através de análise do DNA, comprovou-se que a uva Shiraz  da França, da Austrália e a Petit Shirah da  Califórnia, são, em muitos casos, a mesma uva.  

HARMONIZAÇÃO:  São vinhos saborosos e estruturados, que acompanham bem carnes, aves e queijos amarelos. São, também, uma boa opção para acompanhar fondues e souflês ou crepes salgadas.


TANNAT – Com bom corpo, muita cor e grande concentração de taninos e antocianos, a uva Tannat é procedentes de Bordeaux, na França, onde é nada ou quase nada cultivada, hoje em dia. Adotada e muito bem adaptada na América Latina, em países como o Chile, Argentina e Brasil, o Tannat foi adotada como vinho símbolo do Uruguai. Saboroso, de cor rubi violácea intensa e escura, com aromas de frutas maduras, ameixas, tâmaras e figos, lembra um pouco o Merlot, mas apresenta maior acidez e menos açucares, dando uma nítida sensação de adstringência dos supertaninos presentes.

HARMONIZAÇÃO: As características do Tannat harmonizam-se perfeitamente com costela no bafo, frango assado com polenta e agrião, pato assado com purê de batatas, queijos amarelos, como o gruyère ou provolone; presunto cru ou cozido, pizza margherita ou calabresa.

TREBBIANO:  TREBBIANO:   Embora tenha se disseminado  pelo Novo Mundo,  esta uva, Originada na Toscana, continua a ser uma uva marcantemente toscana. Produz  bons vinhos brancos varietais ou combinados com a Malavasia,  com bom corpo,  acidez acentuada e marcante sabor de frutas tropicais. Ela já fez parte da composição dos Chianti, e lhe dava uma coloração clarete, quase rosé.

ROSSO CONERO –
De origem muito antiga, as uvas Rosso Conero são produzidas ao pé do Monte Conero.  As qualidades do vinho produzido pela Rosso Conero foram reconhecidas por Plínio, o Velho, em sua “Historia Naturalis, quando faz referência à fama dos vinhos da Costa Adriática, especialmente os de Ancona.  Os vinhos da uva Rosso Conero  pode ser produzido com corte da uva Sangiovese,  até15% de participação, mas raramento é utilizado.
Com um  vermelho rubi profundo com tons violáceos, quando jovem, ele  vai adquirindo a cor laranja e granada, com o envelhecimento.  Possui aroma intenso e persistente, ganhando aromas frutados, tendendo a flores, com a maturidade. Com sabor seco, encorpado e tânico, adquiri suavidade com a maturação. De sabor harmonioso, persistente, com uma delicada tendência ao amargo,  com  um toque de frutas e flores vermelhas e secas.

Harmonização com alimentos:  Quando jovem,  esse vinho encorpado, tânico e frutado, harmoniza-se muito bem com alimentos suculentos, gordurosos e aromáticos.
Quando mais maduro e suave, o Rosso Conero harmoniza-se bem com massas recheadas com molhos vermelhos e com carnes vermelhas. É usado, também, para acompanhar o bacalhau all’anconetana.
Quando mais estruturado, devido à idade, ele acompanha muito bem carnes vermelhas, carnes de caça e ensopados.

UGNI BLANC: Desta casta de uvas, são produzidos os vinhos que são destilados para a produção do cognac. A Ugni Blanc é uma uva branca, produzida na região de Cognac, ao norte de Bordeaux, e Armagnac, ao sul. Esta uva produz um vinho frutado e alegre, de cor palha, bons aromas e bem seco, lembrando um Riesling. A ugni Blanc dá bons vinhos varietais, muito embora os melhores sejam nas combinações com Semillon.
HARMONIZAÇÃO: Com uma coloração amarelo palha, límpido e brilhante, com um aroma frutado e intenso, que lembra abacaxi, com traços de maça verde e lima, é um vinho leve, fresco, com acide equilibrada, o vinho das uvas Ugni Blanc, acompanha bem antepastos, petiscos, queijos leves, peixes, suflês, frutas e sobremesas.





ZINFANDEL











A uva tinta Zinfandel tem uma história fascinante. A popular uva americana, predominante na  região de Sonoma e Napa, na Califórnia, foi trazida pelos europeus, no século 19, é geneticamente equivalente à uva italiana Primitivo, e  similar à uva Croata Crljenak Kastelanski e tem o nome de origem austríaca, provavelmente. Essa uva quase desapareceu durante a Lei Seca, mas, resiliente sobreviveu a duas guerras mundiais e renasceu, na década de 70, como a jóia da Califórnia, onde é produzida em larga escala. Seu vinho é produzido, também, em menor escala, na Austrália, México a África do Sul.

HARMONIZAÇÃO COM ALIMENTOS:
Bastante versáteis, os vinhos tintos da uva Zinfandel harmonizam-se com diferentes pratos. Na versão tinta, apresenta um vinho encorpado, macio, com toque doce e bom equilíbrio entre a acidez e o álcool que acompanha muito bem o filet mignon e queijos amarelos.
Em sua versão branca ou rosada, harmoniza-se bem com pratos asiático, frango assado na brasa, e frutos do mar.J

HARMONIZAÇÃO DE MASSAS E VINHOS

Embora o vinho tinto pareça ser a melhor opção para acompanhar massas, a harmonização precisa ser feita em função do molho


Molho ao sugo - entre os molhos básicos, é o mais fácil de harmonizar. Fica bem com a maioria dos tintos. A melhor opção, entretanto, para realçar o seu sabor, são os vinhos jovens e leves, elaborados com as uvas Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc.


Molho ao sugo apimentado - para molhos apimentados, as melhores  opções são os vinhos tintos mais encorpados ou os rosés

Molhos à bolonhesa - molhos ao sugo com carne pedem vinhos tintos e secos, como um Chianti italiano ou um Carmenère chileno.

Molhos alho e óleo e de funghi - esses molhos também se harmonizam com vinhos tintos.

Molhos brancos - basicamente, os molhos brancos harmonizam melhor com vinhos brancos, mas há particularidades entre eles.

Molho bechamel - feito com manteiga, farinha, leite e especiarias, pode ser combinado com vinhos brancos suaves e secos, como o Riesling.

Molho 4 queijos - com esse molho são indicados os brancos de corpo médio, feitos com uvas Sauvignon Blanc



CONCEITO BÁSICOS DA HARMONIZAÇÃO DE VINHOS E ALIMENTOS


Harmonização entre um alimento e um vinho, é um desafio interessante e recompensador. Muito embora o gosto pessoal seja um fator muito forte no prazer de comer algum prato ou  beber um vinho, há experiências consagradas em encontros maravilhosos entre um alimento e um vinho. Eu não tenho pretensão ou competência para elaborar um tratado sobre harmonização. O meu objetivo é elaborar um apanhado simples e prático, de como obter o melhor ao servir um alimento acompanhado de um vinho.
Alguns conceitos que regem a harmonia entre a comida e o vinho:

1.  Os pratos salgados pedem um vinho com acidez alta.
O sal realça o sabor da comida e neutraliza a acidez do vinho, permitindo que os sabores da bebida se revelem.

2  Peixes carnudos, como o salmão e atum, harmonizam-se  com um vinho  tinto leve, com pouco tanino, sem passagem por barril de carvalho. Um vinho da uva Pinot Noir, por exemplo.

3  Comida oleosa requer acidez ou taninos, que ajudam o paladar a equilibrar o excesso de gordura. Mesmo que a opção seja por um branco, deve ter um alto teor de acidez, para cumprir o mesmo papel.

4  Pratos defumados não devem ser harmonizados com vinhos envelhecidos em carvalho, sobrecarregando paladar.  Melhor utilizar os vinhos frutados, refrescantes, como os das uvas Sauvignon Blanc, Riesling, Pinot grigio

5  Vinhos densos devem ser harmonizados com comidas de sabores densos. Uma comida com sabores intensos, vence, derruba um vinho de sabor leve e delicado.

(Fonte: artigo de Agostinho Lopes, baseado no  O Livro do Vinho de Vincent Gasnier)



QUEIJOS, CONSERVAÇÃO E HARMONIZAÇÃO COM VINHOS

 Reunir amigos ao redor de uma linda mesa, com pães, queijos e vinhos, é um delicioso evento.
Para que seja um evento de sucesso, é preciso respeitar e patrocinar o harmonioso  namoro entre os vinhos e os queijos. Pressupõe-se  que os convidados  já tenham sido harmonizados, antes de chegarem  à mesa. ...risos...
Para manter as características naturais do queijo e conservá-lo por mais tempo, é importante estar atento às indicações de temperatura de conservação e validade do produto.
Após aberto, sempre que possível, o queijo deve ser conservado na embalagem original, que foi elaborada para oferecer uma melhor conservação e proteção.
Os queijos devem ser retirados da refrigeração, pelo menos 30 minutos antes de servir, para que seja possível sentir melhor o seu sabor,  exceto os queijos frescos e  os cremes à base de queijo.
O ideal é que se destine uma faca específica para cada tipo de queijo, para que  um queijo não interfira nas características e sabor do outro.
Corte os queijos, segundo o seu formato original, mantendo uma parte da casca em cada porção.  Assim, as porções terão tamanho e sabor semelhantes.

DICAS DE UTENSILIOs
Para queijos e massa mole, como o Brie, Camembert e Gorgonzola, utilize lâminas largas
Para queijos de massa dura ou semi-dura, como o Emental, Gouda, Edam, Provolone, Reino, Gruyère, utilize lâminas pontudas

HARMONIZAÇÃO ENTRE QUEIJOS E VINHOS

Harmonizar significa valorizar e exaltar as melhores qualidades das parte, no caso os queijos e os vinhos.
1-      Queijos de sabor suave, como o Brie, Camembert e o Gouda, harmonizam-se com vinhos  suaves e pouco encorpados.
2-      Os queijos de sabores intensos, como o Parmesão, Gorgonzola, Provolone,Reino e Bleu de Bresse, já pedem um vinho  mais encorpado.
3-      Os queijos de sabor frutado, como o Emental, Gruyère, Estepe e Edam, harmonizam-se com vinhos brancos, frutados e suaves.
4-      Queijos fundidos, como o Fondue de Queijo, enamoram-se de um vinho frutado e suave.






GRUYÈRE: De sabor levemente adocicado, o Gruyère possui textura deliciosamente macia, namora  com vinhos tintos jovem de uva Cabernet Sauvignon, Merlot ou Malbec.
PROVOLONE: Com sabor e o aroma levemente defumados, o provolone harmoniza-se com um bom vinho  tinto de uva Syrah.
GOUDA: Com pequenos furos, textura amanteigada e sabor doce e frutado que se acentua com o passar do tempo, harmoniza-se com tintos de uva Malbec ou um bom Cabernet Sauvignon.
EMMENTHAL: Identificado pelo sabor adocicado, pequenos furos, fundo levemente picante, pode cair de amores por um bom tinto de uva Merlot ou um Cabernet Sauvignon
EDAM: Queijo de sabor suave e frutado, o Edam é deliciosamente amanteigado, enquanto sua massa é revestida com uma cera vermelha ou preta, harmoniza-se com um tinto de uva Malbec ou Syrah.
MAASDAM: De textura macia, com furos espalhados pela massa, possui um sabor levemente adocicado e amanteigado, podendo fazer par perfeito com um tinto de uva Malbec ou Merlot.
PRATO ESFÉRICO: Criado por dinamarqueses que imigraram para o Brasil, é um queijo prato feito a partir de um jeito suíço, com sabor suave e adocicado, combina bem com um  branco frutado.
REINO: Criado a partir da receita do queijo holandês Edam, é tradicionalmente embalado em latas que conservam seu sabor levemente picante e textura firme. O Reino fica delicioso com frutas em calda e no tradicional Romeu e Julieta e pode passear, de mãos dadas, com um bom vinho de uva Tannat ou Carménère
BRIE: Criado há mais de 900 anos, possui uma casca branca aveludada que torna seu sabor característico. Apresenta textura delicada, interior macio e uma cremosidade inigualável, harmoniza-se com um tinto de uva Cabernet Sauvignon.
CAMEMBERT: Originado em 1791, o Camembert possui uma casca branca e aveludado com textura macia. Seu sabor (suave quando jovem, mais acentuado e cremoso com o tempo) é delicado com leve toque de avelãs. Fica perfeito com geleia de frutas vermelhas ou frutas exóticas.Pode ficar muito bem, com vinhos brancos do Vale do Loire, com uva Chenin blanc e  tintos como os  de uva Syrah, Gamay ou até um Pinot Noir.




GORGONZOLA: Queijo com veias azuladas que resultam em um sabor picante, textura quebradiça e aroma acentuado. Fica bem com vinhos branco doce como Porto, Tokay ou Sauternes, ou um chileno de colheita tardia.
PARMESÃO: Queijo de textura granulosa, aroma delicioso, sabor robusto e levemente picante, pede um tinto de uva Cabernet Sauvignon ou Syrah.
QUEIJO DE CABRA: Queijo de sabor marcante, ligeiramente picante e aroma de ervas, apresenta uma pasta branca em seu interior. Pode ficar maravilhoso, acompanhado de um vinho branco seco de uva Sauvignon Blanc.

Harmonização de vinhos com bacalhau.

É certo, e nós já concordamos, que a harmonização dos vinhos com os alimentos, vai além dos parâmetros sacramentados pelos especialistas. Ela deve considerar, essencialmente, o nosso gosto pessoal. Mas é claro que impossível gostar de um casamento, entre alimento e o vinho, onde um confronte o outro, ou um destrua o outro, mas é inútil um conceituado sommelier argumentar que determinado vinho acompanha melhor um prato, se o seu gosto diz o contrário. Então está combinado! Eu vou aglutinar algumas harmonizações, para este peixe considerado "difícil", e você escolhe a sua predileta.

Quando nós pensamos na harmonização com peixes, nós pensamos, invariavelmente, em vinhos brancos, mas, como dizem os portugueses, bacalhau não é peixe. Bacalhau é bacalhau. E assim sendo, o bacalhau tem as suas próprias regras de harmonização com o vinhos.


É certo que a preparação de um prato é um importante fator na escolha do vinho que o acompanha. O bacalhau não é diferente. Um prato de bacalhau desfiado, preparado com creme de leite e gratinado com parmesão, pode ser muito bem acompanhado por um bom Vinho Verde, com baixa graduação alcoólica e servido a 12 graus C. Mas um bacalhau preparado com azeite, tomates, alho e azeitonas, pode ser muito bem acompanhado por um vinho tinto, mais intenso. O bacalhau frito ou grelhado, pode ser acompanhado por um vinho verde. As preparações mais típicas da culinária portuguesa, são melhores acompanhados por vinhos portugueses, da região do Alentejo. São cristalinos, de coloração rubi, com taninos bem equilibrados e prolongados no final. Os taninos servem para equilibrar com a força e o sal do bacalhau. Algumas uvas se destacam, como a Trincadeira, Aragonês e a Castelão. O ideal é um vinho encorpado, mas não demasiadamente alcoólico
















O nosso amor é tudo que eu já pude sentir,
e mesmo assim, sem dó, você me deixou ir....

Você fez de mim, uma mulher mais intensa e mais bela,
porque o amor sempre torna uma mulher mais bela,
mas a tristeza de eu perder você, fez de mim uma mulher
mais rica. Eu estou guardando comigo, as preciosas lembranças dos momentos
maravilhosos que eu compartilhei com você.
Eu nunca poderei entender por que eu perdi você,
mas eu irei agradecer, para sempre, a imensa alegria de eu ter tido você.
Você será, para sempre, o meu amor!





Eu não tenho a cura para a dor da nossa  separação,
mas eu tenho remédios para os teus momentos de insolúveis problemas e grande tristeza:
pare um momento, respire fundo e mergulhe no sorriso da tua mulher amada.
Isto pode não resolver os problemas do mundo, mas com certeza irá tornar você mais forte e mais feliz,
e um homem feliz é invencível.

Eu sempre tive muito medo de eu me perder de você.
Eu sempre acreditei que existe uma estranha magia nos ligando.
Eu sempre me pergunto se você se lembra do meu pedido:
se algum dia nós nos perdermos um do outro,
você poderá me encontrar ao final da página de vinhos e harmonizações,
em meu blog. Eu gosto de pensar que nós nos amamos, de verdade,
e que você não me esqueceu. Mas isto não é verdade, claro!
Mais uma vez é tudo coisa da minha imaginação!
Mas eu acredito em minha imaginação! ...risos...

Talvez o vento tenha virado a página, talvez a chuva tenha borrado a tinta, talvez, algum anjo ciumento, tenha tentado apagar o que estava escrito. Talvez Deus tenha escrito que eu seria tua para sempre, e depois, ele mesmo tenha se esquecido, mas, ninguém pode apagar o está escrito nas estrelas, nem mesmo o próprio escritor. Eu escrevo que eu te amo, para que você nunca se esqueça, eu escrevo, para que Deus não esqueça.

Se este é um fim, será o fim de um amor que não começou pelo começo.
Ele já era amor, antes de ser.
Portanto, algo que não começou pelo começo, não irá acabar com um fim.
O meu amor será amor, depois de ser!
Eu estarei desejando que você tenha um bom dia, sempre e apesar de tudo.
Eu estarei desejando  você, antes e depois de tudo.
Nunca acaba com o fim, aquilo que não começou pelo começo
Será para sempre amor!

Eu
Eu criei, só para você, um universo inteiro!
Você chegou depois, o amor chegou primeiro...

E sobre este amor, de base  infinita,
a nossa linda história, já estava escrita.

Movendo o céu e o inferno, o grande escritor
projetou para nós, um lindo e eterno amor.

É uma alta energia, que rasga os continentes,
e une as nossas bocas, em beijos tão ardentes,

É um magnetismo que arrasta o pensamento,
e torna infinito, o mais fugaz momento...

É tudo concentrado, é nada em eu que me agarro,
são asas que me levam, e o cais onde eu me amarro...

É o topo da montanha, de onde eu vejo ao mar,
é o sol incandescente, que nasce em teu olhar...

O nosso amor é tudo que eu já pude sentir,
e mesmo assim, sem dó, você me deixou ir....

Eu ainda volto aqui, mesmo sabendo que você não irá voltar.
Você é e sempre será a mais intensa, bela e deliciosa razão para eu viver.
Eu não sei porque você se foi, mas eu sei que eu não tenho nenhum 
poder para eu mudar esse motivo.
Ao invés de eu chorar a tua ausência, eu
agradeço pela tua presença em minha vida.
Ao invés de me entregar à tristeza da tua ausência,
eu prefiro fingir que você não foi embora.
Nós não começamos pelo começo. Já era amor, antes de ser!



As nossas vidas se cruzaram, um certo dia,
por um mero capricho do acaso.
Eu não sei eu cheguei muito cedo,
ou se eu cheguei tarde demais.
Eu apenas sei que, desde o primeiro momento,
eu sabia que era você quem eu esperava.
E por você, eu cruzei os continentes,
eu rompi barreiras, eu pisei sobre as regras,
e eu cruzei as fronteiras do sonho,
e quando eu saltei, na beira do abismo,
o teu amor me deu asas.
Para você, eu criei versos e universos,
eu colecionei paraísos,
eu plantei árvores e flores,
e ao final do dia, eu me deitei com você,
em um colorido por de sol.
Mas, quando a noite chegou, eu me perdi de você, na escuridão.
Sozinha e sem opção, eu acendi fogueiras pelo céu,
sinalizando o meu caminho.
Se você quiser me encontrar,
siga as estrelas.


A noite chegou e, como quando eu era criança, eu gostaria de poder escalar uma grande árvore, para eu poder chorar escondida. Como eu não tenho nenhuma árvore disponível, eu vim aqui, em nosso ponto de encontro, para eu chorar sozinha. Eu sinto tanto a tua falta! Eu faço tudo o que eu posso, tudo aquilo que é possível para eu ficar ao teu lado,
mas somente você pode decidir se você  me quer por perto ou não.
Eu estou rezando para que você seja um pessoa muito esperta ,
e você decida que você me quer ao teu lado! ...risos...
Eu irei para Uba na próxima semana.
Lá eu poderei escalar uma árvore bem alta, no alto das montanhas,
e eu poderei, então, chorar a tua ausência, sem testemunhas.
Eu preciso alimentar a minha alegria de viver,
porque sem você, a minha alegria de viver entristece.
Rindo, com os meus olhos inundados de lágrimas,
eu estou me perguntando: como poderá você rir sem mim,
se sem você, a minha vida perde a graça?
Eu te amo, eu te amei, eu te amarei!
Boa noite, meu amor!


Com medo de eu te perder, eu marquei um encontro com você aqui,
sentada na beira do mar.
 Neste momento, entretanto, eu sinto que não há mais nenhum caminho.
Eu estou chorando e as minhas lágrimas estão  molhando o chão.
Acabaram de bloquear os meus blogs.
Eu acredito que eu preciso entender,
que este ato do Google, pode ser o peso do teu braço.
Eu posso suportar tudo, qualquer coisa, menos isso!
Eu não posso suportar que você use o  teu poder e a tua força para me machucar.
Para mim, isso é insuportável!
Eu nunca fiz nenhum mal para você.
Eu vivi para eu fazer você sorrir.
Desculpe-me!


3 comentários:

  1. Que bom conhecer seu blog! Amo vinhos e queijos e pude aprender bastante...
    Suas dicas são maravilhosas e a poesia deixa tudo muito mais especial!
    Kenia

    ResponderExcluir
  2. Que delícia poder compartilhar com você, um pouco do que eu sei, um pouco do que eu sinto. Beijos Kenia!

    ResponderExcluir
  3. Adorei o teu blog, principalmente a cozinha de águia e as suas belas e gostosas receitas. Bjo

    ResponderExcluir