16 de maio de 2017

PAVLOVA



Não há nada que eu goste mais, do que explorar o universo dos sabores, especialmente quando esses sabores trazem junto uma história. A minha filha retornou da Nova Zelândia e Austrália apaixonada pela Pavlova. Não pela bailarina, pela sobremesa, uma torta de merengue, chantilly e frutas, crocante por fora, macia por dentro, criada em homenagem da bailarina russa Anna Pavlova. Essa sobremesa atende a todos os meus pré requisitos. É linda, deliciosa e cheia de histórias. Todo mundo sabe que eu adoro comida com história, especialmente se a história for polêmica, e envolver fofocas e disputa de propriedade. A Pavlova também atende a esses requisitos. Tanto a Austrália, como a Nova Zelândia reivindicam a sua invenção. Os registros mais antigos da receita remontam ao ano de 1929, na Nova Zelândia. Ainda assim, a Austrália reivindica a sua criação, possivelmente em 1926, quando da visita da célebre bailarina. Vamos experimentar essa linda, sedutora e, segundo alguns exagerados, também afrodisíaca sobremesa. Dessa parte eu gostei. ...risos....
Vamos para a cozinha, porque a sobremesa hoje tem história e conquista todos os nossos sentidos. E tem mais: a minha filha ama de paixão. Como não se apaixonar por um prato assim? ...mais risos...


Ingredientes:
4 claras de ovos, à temperatura ambiente
1 pitada de sal
220 g (1 xícara) de açúcar de confeiteiro
2 colheres de chá de amido de milho
1 colher de chá de essência de baunilha
1 colher (chá) de suco de limão fresco

Creme chantilly
300 ml de creme de leite, batido em ponto de chantilly
2 colheres (sopa) de açúcar

2 kiwis cortados em fatias, ou frutas vermelhas a gosto
Polpa de 4 maracujás azedos, para regar

Modo de fazer: Pré-aqueça o forno a 120 ° C.
Bata as claras em temperatura ambiente, com o sal, até obter a textura de picos moles. Acrescente o  açúcar, aos poucos, e continue batendo, até obter pico firmes. Adicione o amido de milho, o suco de limão e a baunilha, e misture até obter  uma massa espessa e brilhante.
Uma pavlova na Nova Zelândia pode ser muito boa,
mas essa expressão de enlevo da minha filha, não tem preço!
Desenhe um círculo de 22 cm em um pedaço de papel manteiga, Forre uma assadeira, com o papel, mantendo o círculo no centro, virando para baixo a marca de lápis, para que a massa não absorva o grafite.
Vá colocando colheres do merengue, dentro do círculo, até que ele fique com cerca de 3 cm de altura. Alise a massa e leve ao forno preaquecido, reduzindo a temperatura para 100 graus C. Asse por cerca de 1 hora, ou faça o teste do palito. Espete a Pavlova no centro. Estará cozido quando o palito sair limpo. NÃO RETIRE DO FORNO! Deixe a porta entreaberta por 2 horas. Feche a porta do forno e deixe lá até que o forno esteja completamente frio. O ideal é fazer à noite e retirar do forno no dia seguinte.
Bata o creme de leite fresco, em ponto de chantilly e adicione 1 colher de açúcar.
Monte a Pavlova espalhando o creme chantilly sobre o merengue. Disponha as fatias do kiwi, ou as frutas vermelhas sobre o creme, e regue com a polpa do maracujá. Serve 6 pessoas.
Se você quiser, e eu prefiro, faça as pavlovas individuais. Fica mais charmoso!