RAVIOLI DE CAMARÃO

Eu sou um ser de delicadas estruturas,

uma mulher que renasce todo dia,

uma ilusão, uma estranha criatura,

que se esconde no silêncio e na magia.

Eu te encontro entre o amor a magia,
entre as estrelas que preenchem a imensidão,
você é o mistério, é o sonho que me guia,
é a esperança que me invade o coração...

A tua ausência é como o fogo do dragão,

que abre um grande buraco no meu peito,
eu conto as horas e os segundos que se vão,
e a tua lembrança é a migalha que eu aceito.

E é assim, caminhando pelo espaço,

procurando por você na noite escura,

que eu encontro a proteção do teu abraço,

entre o sonho, a lucidez e a loucura...

A comida tem um lado mágico, e exibe

múltipla facetas. A comida contém o prazer,

a nutrição, a história, a emoção, a técnica, as memória

afetivas e se recria e se reinventa.

Todo mundo tem um prato cheio de histórias

e de memórias. Pensando nisso, eu fui para a cozinha

para fazer um ravioli, reinventando o molho de camarão,

onde o camarão do molho é o ravioli.

Eita! Que arranjei uma baita confusão!

No final, tudo deu certo! O prato ficou uma delícia.

O recheio ficou com um sabor próximo ao da casquinha de siri,

e o molho com azeite de dendê, pimenta e coentro deu 

um brilho ao prato.

Eeeebaaaaa!!!

" Hoje é domingo, pede cachinbo,

cachinbo é de ouro e bate no touro,

o touro é valente e bate na gente,

a gente é fraco e cai no buraco,

o buraco é fundo,

 acabou-se o mundo!"

Eu disse que a comida é cheia de memórias afetivas.

O meu pai declamava esses versos populares.

Boa noite para você, que também degusta memórias afetivas.

Vamos experimentar o meu ravioli e criar novas memórias?!!!

Ingredientes:

300 g de farinha de trigo

3 ovos

Recheio:

300 g de camarões médios ou 7 barbas

(3 colheres (sopa) de suco de laranja

3 colheres (sopa) de suco de limão,

1/2 dente de alho amassado

sal e pimenta do reino a gosto).

2 colheres de requeijão cremoso

Molho:

2 tomates bem maduros

1 cebola média bem picada

1 dente de alho

1/4 de pimentão vermelho picado

1 colher de azeite de dendê,

1 colher de azeite.

folhas de coentro

1/2 pimenta dedo de moça sem semente, e bem picadinha

Finalização:

4 camarões médios ou grandes

3 colheres (sopa) de pétalas de amêndoas tostadas,

2 colheres de gergelim preto

Queijo grana padano ralado a gosto.

Modo de fazer:

Massa:  Faça um pequeno monte com a farinha e abra um buraco no meio, e coloque ali os ovos e vá misturando, do centro para as bordas, até obter uma massa firme e homogênea. Se quiser colorir a massa, pode bater fontes naturais de cor, como pitaya vermelha, folhas de espinafre, espirulina, cacau, carvão ativado com os ovos.

Recheio: Ao criar essa receita, eu quis dar ao recheio aquele sabor indescritível do camarão frito, por isso eu temperei à minha moda: sal, pimenta do reino, suco de laranja e de limão, 1/2 dente de alho picado e um pouco de água, e eu deixei os camarões nesse tempero por cerca de 20 minutos. Aqueci uma panela com um fundinho de azeite e dourei os camarões, até ficarem rosados. Deixei esfriar, escorri, coloquei no processador com duas colheres de requeijão e algumas folhinhas de coentro e processei até obter uma pasta. Reserve.

Molho: Aqueça uma panela ao fogo com azeite de dendê e o azeite de oliva, refogue a cebola picadinha, com o alho e o pimentão e a pimenta dedo de moça até dourar levemente, e adicione os tomates picadinhos. Refogue bem, até o tomate se dissolver. Adicionando água aos poucos, até obter um molho de tomate encorpado. Com tem um pouco de azeite de dendê, o molho fica com um tonzinho meio alaranjado. Tempere com sal e folha picadas de coentro.

Montagem: Abra a massa bem fininha(eu uso o ponto 7 na Kitchen Aid)e modele a seu gosto.

 Eu adoro fazer um a um, em formas lindas (alguns exemplos abaixo) mas hoje eu usei a ravioleira.

 É uma mão na roda, uma grande auxiliar, quando se tem pressa ou muitos convidados. Eu estendo a massa, cobrindo a ravioleira, e uso o cabo do rolo de madeira, para criar a depressão onde vai o recheio. Com um saco de confeirar eu coloco o recheio em cada depressão, cubro com outra massa, passo o rolo sobre a ravioleira e os raviolis são cortados. A minha faz 24 raviolis por vez.

Cozinhe os raviolis "al dente", em uma panela com cerca de 4 l de água fervente e salgada com um colher de sal grosso. Escorra, saltei os ravioli no molho, polvilhe com queijo ralado, amêndoas em pétalas tostadas e gergelim, e decore com os camarões grelhados. Você pode também empratar e decorar, como na foto, ou do seu jeito.

ÓLEO VERDE

Não tem cheiro e nem sabor, a solidão!

Eu gosto mais é do azedo do limão,

do gosto doce  e intenso que esquenta,

como o ardido urticante da pimenta...
Eu gosto do cheiro das noites, no jardim,
das delícias e do gosto do teu beijo,
da pura essência que está dentro de mim,
e que transborda com o fogo do desejo.

Eu gosto mais do sabor do teu sorriso,

gosto de menta, e também de chocolate,

Eu gosto do cheiro do lugar aonde eu vivo,

e do vermelho da maçã e do tomate...
Eu gosto mais do perfume da colheita,
cheiro das uvas maduras, no quintal,
gosto da lua distraída que se deita,
sobre  as roupas perfumadas do varal.

Eu adoro sentir cheiro de flor,

da flor da vida que floresce no canteiro,

porque a vida tem perfume e tem sabor,

porque a vida, tem teu gosto e tem  teu cheiro....

Rindo, eu estou postando esse meu poema, porque a receita de hoje é tão simples

que ela precisou da ajuda da poesia. Óleo verde! Tem cor,

tem cheiro, tem sabor, tem função, e eu até acho que tem 

um pouco de poesia.

O óleo verde com seu sabor levemente picante, pode ser usado para

finalizar pratos, para dar sabor em torradas, tornar épica uma burrata.

Enfim, não tem cheiro e nem sabor, a solidão, mas o óleo verde tem!

Boa tarde, para você que, como eu, também adora

as cores, os perfumes e os sabores da vida.

Ingredientes:

1 copo de óleo vegetal

1 copo de folhas de salsinha

1 copo de folhas de agrião

3 grão de pimenta preta

Modo de fazer:  Em uma panela, aqueça o óleo até 90º C, retire do fogo e junte todas as folhas,

misturando bem. Volte ao fogo e aqueça novamente até 90ºC. Retire do fogo, quanto atingir a temperatura.

Deixe esfriar um pouco e bata no liquidificador por 5 minutos, coloque em um recipiente e refrie em uma panela com gelo.

Coe em seguida. Eu coo em uma peneira para retirar os resíduos mais grossos e, em seguida, eu coo num filtro de café.

Para facilitar o uso, guarde em geladeira, em uma embalagem com bico, tipo bisnaga de catchup.