12 de novembro de 2024

RAVIOLI DE ABÓBORA COM MOLHO DE LARANJA


Os meus universos paralelos são vastos e belos.
São mundos onde habitam as mulheres que eu sou.
Às vezes doce, às vezes amarga
às vezes inocente, nem sempre casta,
às vezes em silêncio, outras, em turbilhão,
sempre uma sonhadora e movida a paixão.

Eba, eba, eba oooooooooooohhh!!!
 A primavera tem um efeito afrodisíaco na natureza.
 Tudo germina, floresce,
 tudo se apaixona, tudo se reproduz. 
Linda e deliciosa primavera,
 que floresce em minha humana natureza!..risos...
Nem sempre flores, nem sempre espinhos....
Vamos para a cozinha? 
Em nosso giro pelas universo das massas,
eu, neta de italianos,
 sou uma rebelde, uma franco atiradora.
Uma neta que faz as nonnas colocarem as mãos na cabeça.
Eu gosto de experimentar, ousar, e criar massas "tropicais" e atrevidas, digamos assim.
O prato de hoje é um brasileiríssimo ravioli italiano 😆.
Eu resolvi casar dois ingredientes doces, a abóbora e a laranja
, harmonizando com o gorgonzola.
Eu comecei muito animada, mas no meio do caminho,
 eu fiquei com vontade de fugir da cozinha. Pensei: acho que eu
fui longe demais!
Resiliente, eu conclui o prato e, ao provar, eu fiquei animadíssima,
quase dancei sobre a mesa (risos).
Todos os ingredientes se amaram e formaram
um hino de amor à minha nonna.
Nonna, me perdoa a traição, mas eu arrasei! ...muitos risos...
Para você, que não tem medo de trair a sua nonna, de uma chance
para o meu ravioli.
Você corre um sério risco de se apaixonar....risos, risos, risos...



Ingredientes:
Massa amarela
1 1/2 xícara (chá) de farinha de trigo
1 colher (sopa) de açafrão da terra
3 ovos

Massa verde
1 1/2 xícara (chá) de farinha de trigo
1 colher (rasa) de espirulina verde (pode-se usara o espinafre também)
3 ovos

Recheio
500 g de abóbora cabotiá
1 cabeça de alho assado
100 g de queijo meia cura
sal e pimenta do reino a gosto

Molho para saltear:
2 colheres de manteiga
6 folhas de sálvia
água do cozimento para emulsionar.

Molho de laranja
1 copo de suco de laranja
300 ml de creme de leite
sal e pimenta do reino a gosto

50 g de queijo gorgonzola para polvilhar
folhas de sálvia frita para decorar

Modo de fazer: 

Recheio: Corte as pontas de uma cabeça de alho, embale com papel alumínio e asse por 40 minutos, em forno a 200 graus C,  com a abóbora cortada  em pedaços, polvilhada com tomilho, páprica defumada e regada com azeite.
Quando a abóbora estiver macia e "caramelizada", retire do forno, misture com dentes de alho assados e amasse ou processe rapidamente, num processador. Misture com o queijo e tempere com sal e pimenta  a gosto. Coloque na geladeira e reserve.

Molho: Coloque o suco numa panela  pequena e, quando levantar fervura, retire a panela do fogo e adicione o creme de leite. Misture bem, e volte ao fogo bem baixo. Deixe ferver por 20 minutos, até engrossar. Tempere com sal e pimenta a gosto.

Massa: Ambas as massas seguem modo de fazer. Misture bem os ingredientes secos, abra um buraco no meio e coloque os ovos. Bata os ovos e comece a incorporar a farinha, de dentro para fora. Amasse bem e deixe descansar por 30 minutos, pelo menos.
No prato, eu fiz a massa listrada. Como eu já disse antes, eu gosto de fazer os raviolis um a um, mas é bem mais rápido e prático preparar com uma ravioleira.
 Aí estão os dois exemplos. 
Abra a massa bem fina. Eu uso o número 7 na Kitchen aid ou na máquina manual. No caso, o individualda foto, eu cortei quadrados, coloquei o recheio no centro, dobrei em triângulo, e juntei duas pontas do triângulo

Abaixo, os ravioli feitos na ravioleira. Cubra a ravioleira com uma massa, recheie cada buraco, cubra com outra massa, e passe o rolo até marcar e cortar.


Ferva 3 litros de água em uma panela, adicione um colher de sal grosso e cozinhe os raviolis al dente, por cerca de 7 minutos (eu cozinho um pouco mais, porque não gosto de massa muito "al dente".
Enquanto cozinha, derreta duas colheres de manteiga e frite as folhas de sálvia. Retire algumas para decorar. Adicione água do cozimento em colheradas, para emulsionar (dar uma aparência cremosa) à manteiga derretida.
Retire e escorra os raviolis e salteie na manteiga de sálvia, até envolver bem a massa. Aqueça o molho de laranja, coloque uma porção de molho no prato e disponhas os raviolis sobre o molho.Polvilhe com queijo gorgonzola (ou outro queijo de fungo azul), decore com as folhas crocantes de sálvia e sirva. Se não quiser empratar, pode forrar com o molho de laranja o fundo de  numa travessa, Colocar os raviolis,
Polvilhar com gorgonzolo e decorar com as folhas de sálvia. Bom apetite!.



 





10 de novembro de 2024

PÃEZINHOS DE ABÓBORA

 

Em meio às folhas de outono,
eu nunca fui tão feliz,
andando, como num sonho, 
pelas ruas de Paris.

É um lembrança marcante.
Eu tinha um sonho, mas era um sonho tão intenso,
que até doia: eu queria conhecer Paris.
O sonho se tornou real: eu estive em Paris em pleno outono.
E foi tão maravilhoso caminhar às margens do Sena,
sendo carregada pelo vento forte, em meio a um turbilhão
de folhas de plátano e atravessar a maravilhosa Ponte Alexandre III.
Eu me lembrei desse momento, porque a receita de hoje
é outonal, e eu a adornei com uma folha de plátano
que eu trouxe de lá.
Rindo, eu concordo que  apenas a folha de plátano
conecta  a receita às minhas memórias, porque nós estamos 
em plena primavera.
A receita tem as cores, o sabor e o perfume de outono.
É um pão saboroso, com a textura de um brioche.
Se você adora a magia da cozinha, adora  pão, 
sabor, cor e outono, faça esse pãozinho.
É demoradinho, mas vale a pena!
Vamos para a cozinha, porque é lá que a magia acontece.
Boa noite para você que gosta de pão,
boa noite para você que gosta de magia,
boa noite para você que gosta de mim...
Você tem bom gosto! ...muitos, muitos, muitos risos...

Ingredientes
260 g de abóbora (menina ou cabotia)
temperos diversos
1 ovo
2 gemas
1 colhere (sopa) de açúcar
1 colher (chá) de sal
4 g de fermento biológico seco ou 
120 g de levain ativado
400 g de farinha
50 g de leite morno
70 g de manteiga
Sementes de gergelim

Modo de fazer: Ative o levain. Eu usei a proporção 1.1.1 e espere até dobrar de volume
Enquanto isso, pique a abóbora, 2 dentes de alho,  tempere com tomilho, pimenta do reino, páprica defumada, regue com azeite e asse até ficar macia e dourada, por cerca de 40 minutos, a 200Cº.
Deixe esfriar e bata em um processador.








Misture bem  a farinha, o açúcar e o sal e o fermenteo seco, se for usá-lo, em uma tigela grande. Abra um buraco no centro e coloque aí as gemas, o ovo, o levain ativado, o creme de abóbora e parte do leite. A quantidade de leite depende da qualidade da farinha. A massa não deve ficar muito mole, porque ainda vai entrar a manteiga.
Bata tudo na planetária ou na tigela por  alguns minutos, e acrescente a manteiga em ponto de pomada, em pequenas porções, até obter o ponto de véu.
Faça uma bola e deixe levedar por cerca de 1 hora. Faça 3 dobras com intervalos de 30 minutos.
Após esse processo, divida a massa em oito partes e faça pequenas bolas. Deixe levedar mais alguns minutos e modele as pequenas abóboras. Depois de modelar a bola, eu umedeço a face mais bonita e coloco a bolo sobre o gergelim preto. Então eu amarro o barbante para dar a forma de abóbora. Amarre frouxo, porque se apertar, o barbante irá ficar preso à massa.


Asse em forno preaquecido a 200 Cº, por 20 minutos, abaixe para 180 Cº e deixe mais 10 minutos, até ficar levemente dourado. Deixe esfriar, corte e retire os barbantes, e coloque um pedaço de pau de canela para simular o cabinho da abóbora.







RAVIOLI DE COGUMELOS PARIS E CREAM CHEESE






Sou apenas um instante contido na eternidade,
sou uma ilha de silêncio, no barulho da cidade...
Mergulhada no azul desta manhã de domingo,
sou toda a água do mar contida apenas num pingo...
Num universo tão vasto, com um azul tão profundo,
são nada, sou uma gota, mas eu também sou um mundo...

Um fresco domingo de outono,
 com um incrível céu tão incrivelmente azul
que até dá vertigem. 
Para fazer jus às cores e sabores do outono, eu resolvi
preparar um dos meus prediletos pratos.
É um massa com o quente sabor dos cogumelos,
servido com um molho de tomates secos e tomilho,
finalizado com óleo verde e queijo grana padano ralado.
O resultado é um potente sabor que aquece o meu coração
e faz vibrar o meu paladar.
Os fins de domingo são melancólicos, para mim,
mas com um prato tão incrível em minha memória,
o fim de domingo está colorido e quente.
Bom fim de domingo para você,
que não se deprime com o passado, nem fica ansioso com o futuro,
mas vive com paixão e intensamente, o seu presente.
Estar aqui e agora, desfrutando de todos os perfumes e sabores
é uma celebração da vida!
Ouse, tente, experimente, porque a vida é
cheia de magia, e é na cozinha que a magia acontece. ...muitos risos, muitos abraços...

INGREDIENTES

Massa:

300 g de farinha de trigo
3 ovos
2 colheres de cacau 100%

Recheio
300 g de cogumelos paris
1 dente de alho picado ou amassado
1 cebola pequena picadinha
sal e pimenta do reino a gosto
1 xícara de folha limpas e picadas de espinafre.
1 1/2 xícara de cream cheese (eu uso o magro)

Molho:
3 colheres de azeite
4 ramos de tomilho fresco (1 colher (sopa) de folhinhas de tomilho)
150 g de tomate seco picadinho
Caldo do cozimento do cogumelo
1/2 xícara de caldo de carne

Modo de fazer: Misture a farinha com o cacau em pó, faça um montinho com a farinha e abra um buraco no centro. Quebre os ovos e misture do centro para as bordas, até envolver toda a farinha. Amasse bem, até obter uma massa macia e lisa, envolva com filme plástico e deixe descansar por 30 minutos, pelo menos.

Recheio: Corte e cebola, amasse o alho, lave e seque os cogumelos e corte-os em fatias. Leve uma uma panela ao fogo com o azeite, refogue o alho e a cebola, junte os cogumelos, salgue a gosto e rale pimenta preta a gosto. Cozinhe até ficar macio, junte o espinafre limpo e picado. Retire do fogo, deixe esfriar e escorra. O cogumelo libera muita água, Eu escorro numa peneira e reservo o caldo para o molho.




Coloque num processador e bata com o cream cheese, até obter um creme. Você pode bater no liquidificador, mas muda a textura e também o sabor. Coloque na geladeira, enquanto prepara o molho
 


MOLHO: Leve uma frigideira ao fogo com o azeite e junte as folhas de tomilho, até que ela comecem a estourar. Junte o tomate seco picado, o caldo do cogumelo e o  caldo de carne e deixe ferver até adquirir uma certa textura, quando o tomate se hidrata e decompõe. Eu asso uma boa quantidade tomatinhos doces com azeite, para dar um charme e fazer um contraponto ao sabor quente dos cogumelos.










Montagem: Coloque o recheio em um saco de confeiteiro, abra a massa e faça os raviolis. Você pode usar uma ravioleira, que agiliza o preparo e eu uso quando tenho visitas, ou fazer um a um. Eu corto a massa no formato escolhido, recheio e fecho

Cozinho em uma panela com água fervente é levemente salgada. Eu uso uma colher de sal grosso para 4 l de água. O ponto é al dente, muito embora eu goste bem macio. Eu gosto de empratar, usando formas de flor, mas fica bonito também num woki ou frigideira bonita, coberto de queijo grana padano ralado e decorado com ramos de tomilho e tomatinhos assados.


NOTA: Eu usei o cacau na massa, para dar essa coloração que lembra a cor do cogumelo cozido.


3 de novembro de 2024

CULURGIONES SARDOS CLÁSSICOS



Eu tenho uma alma cigana,
mil anos de solidão,
sou quase da espécie humana,
tenho asas de falcão...


Eu amo a Sardenha, com as suas prais brancas e águas azuis.
Os colurgiones são uma espécie de ravioli originário da Sardenha.
A receita original, que valeu a marca Culurgiones d'Ogliastra IGP,
transmitida de geração em geração nas terras Ogliastra,
é um prato fortemente ligado à tradição agro-pastoril da
 Sardenha,como também fica evidente na lista de ingredientes que compõem o recheio.
Os culurgiones podem ser servidos com molho de tomate e pecorino da Sardenha
 ou simplesmente com um pouco de azeite e pecorino ou, ainda, 
azeite e bottarga. Além dos culurgiones Ogliastrina, 
existem também os culurgiones campidaneses que se caracterizam pelo recheio de ricota e pelo tradicional formato de ravióli.
Ao contrário do que acontece com o ravióli comum, porém,
 não é o queijo que representa a maior porção do recheio.
A batata está presente na maioria absoluta dos culurgiones (entre 60 e 80%), adicionada de queijo pecorino sardo, fabricado com um qualho especial,
além de um pouco de azeite virgem extra,
 não podem faltar ervas aromáticas, nomeadamente hortelã e manjericão.
Os culurgiones Ogliastra originais devem respeitar, também,
certas características, como o comprimento entre 4 e 10 cm,
 largura entre 3 e 5 cm,a consistência deve ser macia, 
a massa branca, tendendo para o amarelo.
 O fecho desses raviolis da Sardenha, em formato de "orelha", deve ter 10 dobras, no mínimo.
Embora os culurgiones tenham se tornado um prato difundido em toda a Sardenha,
com as variações relacionadas e inevitáveis, o seu nascimento está ligado a uma área em particular de Ogliastra, uma joia incrustada na zona centro-oriental da ilha, uma área onde a concentração de centenários é muito elevada, incluídos na lista das Zonas Azuis globais,
onde a expectativa de vida é muito superior à média mundial.
Eeeebaaaa! Vamos preparar os Colurgiones de Ogliastra, e conquistarmos
a vida eterna, minha gente!😂😂😂


Ingredientes
4 porções


Massa:

150 g de farinha de grano duro
150 g de farinha 00
1 colher de banha
100 ml de água
1 pitada de sal


Molho:
800 g de tomate pelado

Recheio:
Ogliastra!

300 g batatas amarelas
100 g pecorino da Sardenha (no Brasil, você pode usar o parmesão, menos salgado e picante)
15 folhas de hortelã
2 dentes de alho
1 folha de louro
azeite extra virgem
sal pimenta
Modo de fazer: 
Massa:  Prepare a massa, misturando a farinha e a sêmola, 2 colheres de azeite e uma pitada de sal e misture com 100 g de água. Forme uma bola com a massa, envolva-a em película aderente e deixe repousar durante 1 hora. Como nem sempre temos acesso a farinha especial, se usar uma farinha comum, cuidado com a água. Farinhas diferentes absorvem quantidades diferentes de água.

Recheio: Ferva as batatas, descasque-as e amasse-as. Pique 1 dente de alho, doure numa frigideira com 2 colheres de azeite durante 30 segundos e junte às batatas com as folhas de hortelã picadas, os 2 queijos pecorino ralados e 2 colheres de azeite, temperando com sal e pimenta.

Molho: Doure 1 dente de alho com casca e 1 folha de louro com 4 colheres de azeite; adicione os tomates pelados picados e cozinhe por 15 minutos; tempere com sal e pimenta. Adicione manjericão a gosto e reserve

Abra a massa em uma folha de 1mm de espessura. Recorte discos com 7 cm de diâmetro, coloque uma porção de recheio no centro de cada disco, feche-os, conforme foto, em formato de "orelha". Fica mais fácil visualizar num vídeo, mas o meu blog tem a missão de ensinar quem tem ojeriza de ver receita em vídeo, como eu. Corte a massa em círculos e coloque uma boa porção de recheio no centro. Dobre a ponta como na primeira imagem, faça uma prega de um lado e aperte contra a massa do outro lado, faça um dobra do outro lado e cole no lado contrário, como nas  fotos 2 e 3, e acabe, como na foto 4. Eu estou rindo, porque não é tão fácil assim. Se achar necessário, veja um vídeo.





Cozinhe os culurgiones em água e sal até que flutuem à superfície.Retire da água, escorra, e tempere com o molho. Sirva polvilhado com queijo pecorino e, na falta dele, com queijo parmesão ou grana padano, mais acessíveis.
Os colurgiones podem também ser servidos com mateiga de sálvia.
Sorria e aproveite! Bom apetite!


Nota: Os colurgiones podem ter variações, de acordo com a criatividade, tanto no recheio, como nos molhos.



1 de novembro de 2024

APPLESTRUDEL




O Apfelstrudel (significando folhado de maçã)
é uma sobremesa tradicional austríaca,
nascida em Viena, tendo-se tornado popular internacionalmente.
É a receita mais conhecida com a massa folhada da Europa central,
conhecida em Alemão por Strudel.
Pensa-se que tenha sido influenciada pelas cozinhas do Império bizantino,
da Armênia e da Turquia. Em Viena, é possível encontrar vestígios destas três cozinhas.
É também possível encontrar o Apfelstrudel no sul da Alemanha e em muitos países que outrora fizeram parte do Império Austro-Húngaro. Vamos ao que interessa:


Ingredientes:
1 1/2 xícara de farinha de trigo
1 colher de óleo
100 ml  de água
1 ovo

Recheio:
5 maças raladas
1/2 xícara de passas
1/3 xícara de açúcar refinado
1 colher (sopa) de canela em pó
1/2 xícara de margarina derretida
1 xícara de farinha de rosca, misturada com 2 colheres de manteiga ou margarina derretida.

Modo de fazer: Peneira a farinha em uma tijela, abra um buraco no centro, coloque o ovo, o óleo e a água, misture bem os ingredientes da massa e sove por cerca de 10 minutos.

Divida a massa em duas partes, faça duas bolas, unte-as com óleo e coloque em um local quentinho (eu uso o forno elétrico DESLIGADO e com a luz acesa) e deixe descansar por 1 hora.


Sobre uma superfície lisa, abra a massa o mais fino possível, com a ajuda de um rolo sempre enfarinhado. Vá puxando delicadamente com as mãos. Só pare de esticar a massa, quando ela já estiver transparente.
Retire as bordas mais grossas, pincele a superfície da massa com a metade da margarina ou manteiga derretida, e espalhe, na sequência a farinha de rosca misturada com a margarina, as maçãs, uvas passas, açúcar e canela. Enrole e feche cuidadosamente o rocambole. Pincele com o restante da margarina ou manteiga derretida. Asse me forno médio por 40 minutos. Decore com açúcar de confeiteiro. Pode-se adicionar nozes trituradas no recheio.



Enrole e feche cuidadosamente o rocambole. Pincele com o restante da margarina ou manteiga derretida. Asse me forno médio por 40 minutos. Decore com açúcar de confeiteiro. Pode-se adicionar nozes trituradas no recheio.






Adoro, numa noite fria, comer um pedaço de apfelstrudel com chá de laranja. Segue a receita:

CHÁ DE LARANJA
1/2 litro de água
1 pau de canela
1 laranja com casca.

Modo de fazer: Esprema a laranja numa panela e coloque o resto da fruta junto com a água e a canela. Ferva po 5 minutos. Retire a laranja para não ficar amargo. É uma delícia! O cheiro e o sabor casam direitinho com o apfelstrudel.

10 de outubro de 2024

NHOQUE DE MORANGA

Eu tenho uma alma cigana,
mil anos de solidão,
sou quase da espécie humana,
tenho asas de falcão...
Às vezes eu sou a santa,
o anjo da procissão,
alguém que fascina e encanta,
a deusa da sedução...
Outras vezes, escondida,
nas pedras de um templo grego,
eu sou a vestal caída,
nas garras de um anjo negro...
Nas catedrais milenares,
nas pedras gastas da rua,
eu exponho nos altares,
minha alma sempre nua.
Eu sou essa criatura,
vivendo uma história sem fim,
eu sei que eu nasci para ele,
e ele nasceu para mim...
Nos profundos labirintos,
onde mora a minha alma secreta,
ele desperta o que eu sinto,
é o amante e também o profeta.
Ao som de tambores lentos,
ouvindo os sons do passado,
parece que os meus pensamentos
e os dele estão misturados...
E assim, ao final de tudo.
ao fim desta rua quieta,
nós somos um sonho mudo,
a invenção de um poeta...

Eu escrevo sem planejar. É como uma nascente, onde as águas
nascem e escorrem sem saber para onde.
Ultimamente a nascente está seca, e a minha mente está em silêncio.
Enquanto isso, eu cozinho.
Eu até acho que a cozinha pode produzir poesia concreta.
O prato de hoje dá continuidade à minha saga da abóbora.
Saímos do ravioli de abóbora com molho de laranja,
passamos pelo clássico camarão na moranga, 
e hoje estamos no nhoque de moranga.
Eu acho que todos os pratos são lindos e todos
são deliciosos de jeitos diferentes.
E aí! Está inspirado a experimentar?
Então arrisque-se! Você pode ter uma experiência deliciosa!

Ingredientes:

Massa


500 g de moranga 
1 batata grande
Farinha de trigo suficiente 

Recheio: 
100 g de queijo gorgonzola 

Molho 1:
2 colheres de manteiga
6 folhas de sálvia

Molho 2
1/2 cebola picadinha
1 dente de alho amassado
2 folhas de sálvia
300 ml de creme de leite.

Modo de fazer: 
Massa:  Asse a abóbora regada de azeite e polvilhada com pimenta do reino a 200º C, por cerca de 40 minutos, até ficar levemente dourada. Embrulhe a batata em papel alumínio e asse junto com a abóbora. Retire a polpa da abóbora e esprema junto com a batata cozida e deixe esfriar. Espalhe a mistura da moranga com a batata e polvilhe com farinha de trigo e dobre. Espalhe a farinha de trigo e dobre novamente. Repita a operação, sem sovar a massa, a até obter uma mistura macia e homogênea. Procure não trabalhar muito a massa, para não ativar o glutem e precisar de mais farinha, obtendo uma massa pesada.


Divida a massa ao meio, e faça um rolo com cerca de 3 cm de diâmetro e corte em pedaços de cerca de 2 cm. Abra a massa, coloque um pequeno pedaço de gorgonzola no centro (você pode usar uma gota de catupiry, mas não fica tão bom), faça uma bolinha, achate um  pouco, use um palito para fazer as reentrâncias que lembram a forma de uma moranga, e use um pedacinho de cabo de salsinha para simular o cabinho da mini moranga.


Prepara o molho 2, colocando 2 colheres de manteiga numa panela e fritando a cebola e o alho até ficar transparente e acrescente as duas folhas de sálvia picadas. Retire a panela do fogo e acrescente o creme de leite. Mexa bem e aqueça até quase ferver, retire do fogo e reserve.
Cozinhe os nhoques, até flutuar na água,  em uma panela com cerca de 3 litros de água fervendo com um colher de sal grosso.
Enquanto isso, coloque a manteiga numa frigideira, e acrescente as seis folhas de sálvia, acrescente água do cozimento para emulsionar. A água deve ser acrescentada aos pouquinhos, para que a manteiga fique com uma aparência cremosa, acrescente os nhoques cozidos e salteie, até envolver bem os nhoques.
Coloque uma boa colher de molho de creme de leite no fundo do prato, arrume os nhoques com os cabinhos para cima, decore com uma folha de sálvia e polvilhe com queijo gorgonzola e sirva quente.
Caso não queira empratar, pode preparar em uma travessa, usando o mesmo método.